31/01/2015

Análise: The Witcher


The Witcher é incrível, o mundo e a imersão proporcionada pelo título da CDProjekt RED é algo muito raro de se ver nos dias de hoje. Se você está pensando em comprar este jogo, então PARE DE PENSAR E COMPRE LOGO, é diversão garantida e certeza de que este será um título memorável para muitos de vocês! =)





HISTÓRIA

Antes de começar a falar sobre a história é necessário frisar que The Witcher é baseado na série de livros do autor Andrzej Sapkowski, intitulada Geralt of Rivia. O jogo não segue a risca a história do livro, se passa após, porém muitos dos acontecimentos do livro serão comentados durante o jogo e isso pode dar uma sensação de “perdi algo” durante o seu progresso. Embora não seja um requisito necessário, ler os livros é um extra se você deseja aprofundar-se no mundo de The Witcher e entender melhor o que se passou com Geralt durante o seu passado.

Obs.: Você pode encontrar os livros em algumas de nossas livrarias, como a Saraiva, e estes são intitulados como “A Saga do Bruxo Geralt de Rívia”. Traduzido para Português eu achei “O Ultimo Desejo” que é o primeiro deles e seguido por “A Espada do Destino”, “O Sangue dos Elfos” e "Tempo do Desprezo". Os demais livros ainda não foram traduzidos para nosso idioma, só nos resta esperar.

Bom, como eu não quero soltar muitos spoilers o básico que você deve saber sobre a história é que Geralt foi supostamente morto cinco anos atrás e, nos primeiros minutos do jogo, encontrado vivo para a surpresa de todos. Infelizmente nosso protagonista sofreu de amnesia e não se lembra de nada sobre seu passado e tampouco possui as mesmas habilidades com a espada e feitiços. Partindo deste ponto seu objetivo é redescobrir e recriar sua identidade, ao mesmo tempo em que participa de algumas desavenças politicas e caça um tal grupo "terrorista" chamado “Salamandra” que ataca Kaer Morhen procurando por algo de posse dos bruxos no início do jogo.

O enredo é muito bom e bem imersivo, com reviravoltas e consequências de acordo com as suas escolhas no decorrer dos acontecimentos. Basicamente você pode optar entre três caminhos diferentes e o jogo começa de verdade quando você chega na cidade de Vizima, principalmente durante o terceiro capítulo onde cada escolha resulta em ações que já podem e vão interferir nos acontecimentos finais do game.


A atmosfera de The Witcher parece ser exatamente como nos livros, um mundo medieval repleto de monstros que submetem ao suspense. Você encontrara todo um ecossistema que parece uma mistura do nosso mundo com um mundo fantasia tirado de contos antigos, contando com lobisomens e vampiros alem de costumes, culturas e crenças independentes ligadas a muitas mitologias que já conhecemos, seja ela fictícia ou não. Com certeza a CDProjekt RED tomou muito cuidado e The Witcher não decepciona na missão de levar o jogador para um mundo “diferente” do que estamos acostumados em outros jogos, certamente vale a pena conferi-lo! ;-)


GAMEPLAY

De início a jogabilidade parece muito complicada, mas você conseguira se adaptar se tiver um pouco de paciência e persistência. Tudo flui perfeitamente bem durante o jogo, embora tenha lá seus bugs, nada prejudica o gameplay.

Infelizmente The Witcher não é compatível com controle, mas você pode usar o Xpadder e associar as funções do teclado e mouse para o controle e jogar normalmente. Eu usei aqui e funcionou perfeitamente bem, até melhor que do modo tradicional. =)

Essa é uma sugestão de configuração no Xpadder para quem quiser arriscar a jogatina no controle.
O que eu senti falta mesmo foi de uma variedade maior de equipamentos. Resumidamente, você só tem duas opções de armaduras, duas espadas de prata, algumas outras espadas de aço comuns (A maioria é inútil) e várias opções de machado e adagas também inúteis que você nunca vai usar para absolutamente nada a não ser vender para fazer dinheiro, pois nenhuma delas é compatível com estilo de luta do bruxo. Você pode criar espadas no ferreiro, mas estas são meia boca, as melhores espadas você consegue fazendo e entregando certas quests, bem como as armaduras.

Outro ponto negativo foi a má utilização dos feitiços. Dos cinco disponíveis, você só precisa de três deles durante todo o jogo, sendo que desses três um é opcional (No caso, o Quen) e os outros dois (Aard e Igni) são extremamente uteis no decorrer do jogo. Nada disso atrapalha no Gameplay, mas pode frustar um pouco no começo porque fica dificil saber onde investir seus pontos de talento devido o grande número de opções.

Meu conselho na hora de distribuir os pontos de experiência é que gastem equilibradamente, não coloquem muito mais em um e menos em outro... Mantenha a Força, a Destreza, a Resistência e a Inteligência mais ou menos no mesmo nível. Quanto aos Sinais, se estiver jogando na dificuldade Normal invista em Aard e Igni apenas, o Quen só vale a pena no Hard. Nos estilos de combate faça equilibrado, invista um pouco em cada estilo pois você usara todos eles, mas mantenha os estilos "Grupos" um pouco afrente porque é normal combater mais de um inimigo ao mesmo tempo.

Bom, digamos aqui que o maior defeito desse jogo seja a jogabilidade, se você conseguir se acostumar ao estilo estranho proposto pelos devs, provavelmente não passara nervoso e conseguira chegar até o final sem dificuldades.


ÁUDIO

A trilha sonora é ótima, não conta com um vasto acervo e variedade, mas combina perfeitamente bem com a atmosfera do jogo. Os efeitos sonoros são “Ok”, nada muito impressionante, mas os barulhos do pântano e esgoto, bem como as diversas criptas, são ótimas e assustadores como deveriam ser.


As vozes dos personagens principais ficaram muito boas, principalmente a de Geralt e Triss, mas as dos cidadãos decepcionaram bastante. Falando com os NPCs na cidade você pode notar que todos eles têm as mesmas vozes repetidas, acredito que podiam no mínimo ter colocado um filtro e mudado os tons para diferenciar um pouco.


VISUAL

Analisando como um jogo de 2008 e não 2014, graficamente ele esta ótimo!

A engine usada no jogo é proprietaria da CDProjekt RED, mas foi baseada na Aurora Engine da BioWare. Ela conta com muitos efeitos (e falta de alguns outros) de boa qualidade para a época em que foi lançado, possui um bom sistema de iluminação, sombras, profundidade de campo, boas texturas, etc. As paisagens são bem-feitas, embora repetitivas e o trabalho nas cidades e nas pequenas vilas/aldeias ficaram muito bons. O mundo é grande e repleto de detalhes, você provavelmente vai cansar de andar pra lá e pra cá e se perder muitas vezes, principalmente em Vizima que é enorme. (Obs.: Onde raios foi parar a Plotka neste jogo? =)


Cenários lindos, você verá muitos lugares assim durante a jogatina.
Minha única reclamação aqui é o fato dos NPCs e outros personagens aleatórios usarem modelos muito parecidos. Se tirar Geralt e mais alguns outros você vai notar uma cambada de “irmãos gêmeos” nas ruas e nas tabernas, inclusive o modelo de “Triss Merigold”, o segundo personagem mais importante do jogo, que é muito parecido com as prostitutas de Vizima. Achei isso uma falta de capricho, podiam no mínimo mudar um pouco as feições nos rostos e incluir alguns modelos a mais, não tem problema ver rostos repetidos, mas em The Witcher é como se tivessem feito apenas três e replicados para todo o restante dos NPC nas cidades. De longe é um problema que influência na diversão, na história ou gameplay, mas prejudica a arte do jogo.

Embora The Witcher seja um jogo com bons gráficos, uma versão remaster feita na REDengine 2 e com a jogabilidade no estilo do The Witcher 2 seria muito bem-vindo. =)


CONSIDERAÇÕES FINAIS

The Witcher é excelente, uma verdadeira obra de arte que vale cada centavo gasto. Se você gosta de histórias imersivas e cheias de reviravoltas, The Witcher é o jogo perfeito para você.


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